sexta-feira, agosto 26, 2005

A vida dos maus

Que raio de título, não é? Não me ocorre mais nenhum para o que vou escrever. Nada prosaico, nada poético.
É estúpido o tema. Só pode ter um titulo assim. Directo. Conciso. Como O Barco do Amor. Directo. Estúpido. Mas vejo.

Vida dos maus. Quais maus? Os maus... Maus da fita, como lhe chamam.

Aquele careca baixinho do Sozinho em Casa 2, qualquer actor menos bem parecido que entre num filme B dos anos 90, nos EUA.
Esses, sim. No filme é sempre a mesma coisa. Roubam no início, são sempre bem sucedidos. Mas a inteligência que têm nessa altura é transposta para uma imbecilidade, estupidez amórfica que os torna uns parvos que caem em armadilhas pequenas para gáudio da pequenada que assiste à película.

É sobre esses que eu quero exorcizar. A vida deles... Como será?

Será sempre assim?

- "Querida, cheguei!"
- "Então meu estúpido, como estás?"
- "Já estive pior, graças a Alá. Hoje caí numas ratoeiras, fiquei sem um dedo... Enfim, o dia-a-dia do costume."

Como será a vida destes coitados?

Depois de cairem num tanque de óleo no fim do filme, que acaba com um fade out a um jantar de família, quem os tira dali? Não serão marginalizados? Olham-nos de desdém? Coitados, meus amigos...

Mas, ao fim de contas, são actores. Tudo bem, é representar. Mas... E a vida deles?

- "Estou? É aquele baixo careca que levou com o balde nas trombas?"
- "Sim, fala o próprio."
- "Tenho aqui um papel para si."
- "Óptimo!! Um drama? Uma... Aventura! Quero ser sério. Quero estar bonito..."
- "Err... Você desta vez leva com 320kg de batatas em cima do pénis. Interessado?"
- "Bem... Um gajo tem de viver..."

Enfim. Pobres coitados...