Um pouco de loucura

Estava eu, como habitualmente, a tomar o meu café matinal, passava das três da tarde, quando ouço um pássaro desavindo.

- Olá, sou o pássaro desavindo - disse-me.
- Prazer - Respondi.

Continuando na minha, deliciando-me com os golos da selecção, continuei a comer o meu café, com alegria. O pássaro desavindo não se ia embora, pelo que lhe disse que o Pepe não era assim tão bom central. Chateado, foi embora.

Mais sossegado, com a sensação de ter morto um pássaro sem fisga, nem armadilha, comecei a conjecturar o meu serão. "Sexo" - pensava eu. Era esse o melhor passatempo possível. Era, então, altura de procurar uma companhia sexual.

Aproximei-me do cauteleiro do Chiado e lá exclamei:

- Está calorzinho e tal.
- É verdade - respondeu-me o sensual idoso.
- O que calhava bem agora era uma boa dose de sexo bruto.
- Ora aí está uma boa ideia!

Mas como não tinha notas de 3€ na carteira, ele recusou os meus avanços. Daí até entrar na Kapital foi um pulinho. Por entre músicas dos Chemical Brothers e seios preenchidos com silicone, o meu pénis acordou. Fazia três semanas que estava dormindo. E, como bom madrugador, foi tomar o pequeno-almoço. Pediu uma tosta de fiambre e um sumo de laranja natural.

Foi uma noite dos diabos!